Amor e solitude são sentimentos reais?

 

 Discutindo sobre amor e solidão/solitude com vocês (inclusive, se quiser debater algo que não sai da sua cabeça, algum temor que precisa ser compreendido é só me chamar no insta @mariasangrenta.art!) muitos de vocês enxergam a solitude como algo que não deve existir e que é algo ruim viver sozinho sempre focado na infelicidade de nunca ter alguém para compartilhar os momentos por ai, outros enxergam que é algo que não existe e para mim que não entendo muito de amor (no sentido geral mesmo, além do romântico. Nunca consigo escrever algo sobre amor), o amor é algo que mal precisa existir para ser o que é, mas precisa de claridade para não ser uma obsessão perigosa que é algo que junta com a sua incapacidade de aceitar um não, de ficar sozinho á própria compainha por mais tempo mesmo não aguentando mais isso e por isso está procurando o amor. Para não ser o objetivo da sua vida (não tem problema nenhum em buscar relacionamentos, amar alguém ou alguma coisa, mas transformar a "falta" de amor em um objetivo vai acabar com a sua cabeça e até te inibir de perceber o amor), para não transformar o amor em algo obrigatório.

 A solitude/solidão são "paraísos" que você precisa ter uma maestria sobre, um certo controle do que você exatamente quer: vive sozinho porque quer e gosta ou é porque tem alguma visão ruim de si mesmo ou reconhece que não consegue conviver com os outros, ou então nunca realmente teve alguma oportunidade de amar, de conversar ou de ser amado de uma forma suficiente para que não recorra a solitude ou solidão. Mas enfim, ambos são reais sentimentos esplêndidos e perfeitos como sempre são ditados, coisas inevitáveis  ou são apenas mecanismos de defesa e natural para convivência e existência? Por exemplo, o amor é uma das coisas que mais mantêm as pessoas vivas, é uma coisa que constrói a vontade de viver e de certa forma uma boa visão moral (uma parte, no caso) para o mundo como perceber que universo nenhum está contra você ou que 100% das pessoas não são ruins e que elas são inocentes dos seus problemas. O amor também é o equivalente ao amor próprio, uma defesa para a insignificância e a incapacidade de aceitar fracassos e etc. Um mecanismo do corpo para manter mente inteira e focada, enquanto a mente mantém o corpo vivo. O amor é uma coisa "forçada" (mas sem maldade) para que você sobreviva e viva, e se você já não tem uma visão plena de si, o amor que sobra, o romântico ou até familiar serão coisas que serão buscada eternamente mas que sempre serão insuficientes e/ou algo que você se humilha (como amores tóxicos e absurdos) para você ser amado. Para poder existir. 

A solitude muitas vezes pode ser negada por sempre parecer ser uma coisa ruim, e como eu falei, observo que muitos focam na infelicidade de não ter ninguém para compartilhar como se fosse isso que definisse a solitude. A solitude é o gosto de viver sozinho e não a importunidade de viver ou amar. A solidão muitas vezes vem sem sentido, ódios alheios gratuitos a você onde somente eles sabem o motivo e você não, enquanto na solitude é algo que você escolhe, aprende que é melhor mas não é algo que te impede de amar ou ser amado. Muitos não foram feitos para conviver com outros, muitos nem conseguem conversar e se esforçam de mais a ponto de serem chatos, como o meu caso. A solitude é um outro tipo de amor, um amor que você se concentra melhor a vida em si, aos próprios pensamentos e até a aceitar a sua presença solo, para que não se sinta incomodado com o próprio corpo ou mente que te deixam vivos. 

 O amor mal é um sentimento perfeito ou real e a solitude pode ser muitas coisas mas também não é algo definitivamente real. Esses "sentimentos" são algo que até espiritualmente te quebra se você não consegue ter uma boa imagem de si, do mundo e uma paciência para conseguir amar tudo isso (não espere que há coisas instantâneas), mas também é algo que pode te ajudar a construir a sua psique e a sua arte.