A morte é uma caçadora para alguns. Para outros é só mais uma humilhação nessa vida, os impedindo de serem alguma coisa que presta encurtando a vida mais ainda. Mas a morte é o momento onde o amor mais se manifesta. O amor da forma mais clichê possível de pureza, mas um amor no sentido geral, porque como eu já disse, eu não entendo muito de amor (e para mim não é lá uma coisa muito importante... mas isso é tópico pra outro dia também, hehe), um amor que envolve amizades, irmandade, a simples porém grandiosa e solo presença e então até o amor romântico e familiar.
No momento de perda você percebe o quanto amava a presença daquele ser que se foi. O quão artístico ele era com a sua forma de falar, de trazer uma harmonia a sua família ou somente a você, de se movimentar e etc. E então, você passa a carregar a vida desse ser contigo, imortalizando a existência deles. A vida é a morte são iguais mas a morte é parecida com o amor. O amor é algo frágil e não deve existir como um objetivo principal praticamente nunca e a morte é forte e tem seus momentos certos para ser pensada, e pela vida ser como a morte, você se torna a morte ambulante, a coisa que realmente da vida a existência e que cria uma realidade. A morte que da sentido a vida e que deu a vida para a própria vida, bem irônico.
Você mestra a arte de viver enquanto também é uma arte, um quadro que emoldura várias almas que passaram por sua história. Arte canibal novamente se mostrando real, hehe. Não da pra ter um sentido na vida com coisas vivas, a vida é efêmera, algo morta, não se força a ser algo real unicamente em uma só lógica e linha tênue. Você faz parte da bagunça que a vida é.
É na morte que você também aprende a se amar através do fracasso como no amor você aprende a fracassar. O fracasso é o caminho do sucesso e aqueles que se forçam a "existir" não aceitam o fracasso e muito menos derrotas nos momentos necessários. Isso é inexistir. Viver "morto". Amar o fracasso para entender o sucesso e ser aquecido pela morte com o mesmo calor que o amor entrega.
A morte imortaliza e não extermina. A morte é mais um quadro que imortaliza os seus destaques, a sua arte. A sua felicidade, a sua força e então, te parabeniza por aceitar até os pequenos sucessos. A imortalidade em vida é viver como um fracassado. Não deve ter defeitos. Não deve ter feiura. Não deve ter fracassos. Não deve ter.... Aqui a vida é infinita mas não efêmera. É obrigada a viver e obrigada a existir. Não é livre e nem nos piores momentos a felicidade é permitida.
Não seja esse tipo de fracassado e para começar, sempre tenha em mente que tudo leva tempo, fracassos e então, um anseio nascida por curiosidade para testar as coisas e então, uma dor que te perturba para sempre continuar testando, como um vício, que te impede de desistir facilmente. É esse o amor da morte.
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Seja respeitoso - Não xingue ninguém, não humilhe, não faça piadas desnecessárias, não tenha vergonha de fazer perguntas pois não existem perguntas idiotas de mais para não serem respondidas. Críticas devem ser construtivas para que haja algum engajamento entre os outros hospedeiros leitores também, se não nem perde tempo escrevendo.