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A morte é igual o amor (Algumas vezes)

  A morte é uma caçadora para alguns. Para outros é só mais uma humilhação nessa vida, os impedindo de serem alguma coisa que presta encurtando a vida mais ainda. Mas a morte é o momento onde o amor mais se manifesta. O amor da forma mais clichê possível de pureza, mas um amor no sentido geral, porque como eu já disse, eu não entendo muito de amor (e para mim não é lá uma coisa muito importante... mas isso é tópico pra outro dia também, hehe), um amor que envolve amizades, irmandade, a simples porém grandiosa e solo presença e então até o amor romântico e familiar.    No momento de perda você percebe o quanto amava a presença daquele ser que se foi. O quão artístico ele era com a sua forma de falar, de trazer uma harmonia a sua família ou somente a você, de se movimentar e etc. E então, você passa a carregar a vida desse ser contigo, imortalizando a existência deles. A vida é a morte são iguais mas a morte é parecida com o amor. O amor é algo frágil e não deve existir com...

O que te faz ser alguém de "verdade"?

 


 Essa inquietação de não se sentir pertencente a alguma coisa é uma perfeição quebrada que te leva a crer que somente tendo um título, um mundo e um sentido que você será algo digno de se estar vivo. Não é só jovens que estão começando agora a vida que sofrem disso e que sentem uma insuficiência no próprio corpo, adultos que normalmente se sentem solitários ou então, que o peso da vida "responsável" tá tão pesada que uma grande incerteza da própria performance começa a crescer num nível anormal e então, vem na cabeça uma distorção de realidade e de que nada tá certo, e ai começa a jornada de, sem querer, fugir da própria natureza e mundo para se encaixar em outro que não pertence a você e muito menos a sua dignidade.

 Se entregar a uma perfeição que não dê gosto a você, uma satisfação, é o que quebra totalmente a sua noção das suas ações, do que pensas e etc. Tentar se encaixar a um mundo que não pertence a você te transforma em outro ser e não em algo de verdade. Para ser alguém de verdade você precisa limitar a sua liberdade, a sua arte para a sua própria satisfação, fazer o seu mundo e própria realidade para que seja algo alcançável a sua mente inocentemente limitada e humana. Não adianta procurar uma perfeição se você não consegue enxergar o seu corpo como uma arte, principalmente o corpo que como o Universo é algo com vários formatos diferentes, várias existências diferentes, várias cores, listras, brilhos e cheiros diferentes. Fantasmas e obras-primas do vazio. Cada ser é uma obra-prima misteriosa a ser descoberto e se você não limita a sua liberdade a algum sonho, a algum sentido de vida e até um estilo de vida, a sua arte, esse baile de máscaras será infinitamente confuso e sempre se sentirá excluído, perdido no meio de uma multidão colorida e bizarra. 

Ser alguém de verdade é existir pela graça de viver, de fazer as coisas pela graça e não para preencher um "portfólio" existencial e então se candidatar a um mundo empregado de um estilo artístico que não é adaptável a você, e com isso, como toda obra se adapta para sugar todo "erro" para ser vista como uma tal obra-prima máxima e incrível, ela te torturará para ser parte dela de fato. Outro ser. Outro estilo. Outra fé.

 E como jovens ou adultos que para sempre terão uma objeção as suas artes, sempre terá aqueles que mal conseguem se defender.

A própria vida em si é sem sentido, porém infinita. 

  

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